sábado, 22 de novembro de 2008

Música faz bem ao seu coração

Música e sorriso fazem bem à saúde do seu coração.
Quem nunca experienciou uma sensação de leveza e bem estar ao ouvir uma música que lhe toca à alma, fazendo você ficar como que “flutuando”, num estado mental extasiante? Quantas vezes você entra no carro irritado, de “saco cheio” e com vontade de sumir – e você coloca a sua música preferida, e como num passe de mágica, de repente, você está novamente feliz e de bem estar com a vida? Comigo acontece muito. A música tem um poderoso efeito sobre o meu estado d`alma. É como se a música penetrasse nos poros da nossa pele, contaminando todo o nosso ser. E é interessante que do mesmo modo que algumas músicas tem o poder de nos agraciar diante da vida, outras têm um poder negativo sobre o nosso temperamento.
Pesquisas da Associação Americana de Cardiologia mostram que ouvir músicas agradáveis pode ser benéfico para a saúde cardiovascular. Pesquisadores da Universidade de Maryland mostraram pela primeira vez que emoções positivas geradas por músicas aprazíveis têm um efeito favorável sobre o endotélio cardiovascular.
O cérebro tem um papel fundamental na saúde vascular bem como as taxas de colesterol e pressão arterial. Ainda assim, muitas pessoas que não apresentam esses fatores de risco desenvolvem doença cardíaca significativa e isso pode estar parcialmente ligado a resposta desses indivíduos ao estresse.
Se a música pode evocar emoções positivas para se contraporem ao estresse negativo do cotidiano, ela pode ter uma influência muito importante sobre a parte vascular. Assim, a música deveria ser incorporada à um estilo saudável de vida, tal como nós incorporamos outros hábitos saudáveis à nossa vida. Esse estudo foi apresentado pela Associação Americana de Cardiologia desse ano, em sessão científica.
O estresse mental causa vasoconstrição. Cardiologistas do grupo do Dr. Muller foram os primeiros a mostrar que o riso tem um efeito benéfico sobre o endotélio. Eles acham que emoções positivas evocadas pela música também trariam um efeito similar.
Para determinar o efeito da música sobre a função endotelial, pesquisadores fizeram uma pesquisa sobre o assunto. A pesquisa incluiu 10 pessoas saudáveis e não-fumantes de idade média de 36 anos. Os voluntários selecionaram 30 minutos de músicas que eles apreciavam.
Em 4 ocasiões separadas, uma semana de diferença, as funções endoteliais dos participantes foram acessadas pela medida de fluxo sanguíneo no antebraço. Em cada ocasião a dilatação da artéria pelo aumento do fluxo sanguíneo foi medido no início e 30 minutos após cada estimulo: música aprazível, música que produzia ansiedade, um vídeo clipe de humor e uma fita de relaxamento. As pesquisas acharam que comparados ao momento inicial, a dilatação do fluxo sanguíneo dos voluntários:
- aumentaram 26% depois de ouvirem música agradável
- diminuíram 6% depois de ouvirem música geradora de ansiedade
- aumentaram 19% depois de ouvirem a um vídeo de humor
- aumentaram 11% depois de ouvirem uma fita de relaxamento
A magnitude do aumento do fluxo sanguíneo associado a auto-escolha de boa música foi o mesmo do observado previamente com atividade aeróbica ou terapia com estatina.
Acredita-se que a base para isso seja devida a compostos com endorfina liberados pelo cérebro, que têm ação direta sobre a vascularização. É a grande “caixa preta” das conexões cardíacas, tão difícil de se quantificar mas é uma área pouco desenvolvida pela ciência e que vale a pena ser investigada. Associação Americana de Cardiologia.
Vários estudos bem documentados mostram os efeitos positivos da musica sobre ansiedade, depressao e dor com pacientes que têm doenças somáticas (Cassileth et al., 2003; Cepeda et al., 2006; Siedliecki and Good, 2006). Estudos recentes nas áreas de neurocognição e neuropsicologia sugerem que a música também melhora várias funções cognitivas como a atenção, aprendizado, comunicação e memória, tanto em sujeitos normais como em certos trantornos, como a dislexia, autismo, esquizofrenia, esclerose múltipla, doença coronariana e demência. em reabilitação cardíaca pós-enfarto, elementos musicais têm sido usados como parte da fisioterapia (Thaut et al., 1997).

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