sexta-feira, 31 de outubro de 2008



III GRUPO DE APOIO A PORTADORES, FAMILIARES E AMIGOS DO TDAH COM INCENTIVO 'A LEITURA.

NESSA SEGUNDA-FEIRA, DIA 03/11/2008, AS 18HS, NO SETIMO ANDAR, AUDITÓRIO, NA AV. 28 DE SETEMBRO, NÚMERO 389.

DÚVIDAS? LIGUE PARA 9989-5798 OU 2576-5198.

Não é novidade que muitos portadores de TDAH apresentem dificuldades para terminar a leitura de um livro. Muitas vezes sequer começam. Outros preferem a leitura automática, onde a gente dá uma passada pela página, depois vai para o meio do livro e depois já está no final e pronto - ah, acabei de ler! E as razões para isso são as mais variadas, indo desde a atenção concentrada que fica prejudicada, ou pela agitação ou pela impulsividade... motivos não faltam. Pra não dizer daqueles que apresentam algum problema outro, como a dislexia... Por isso achamos bem legal o sorteio de um livro, à cada encontro, para de certo modo, incentivarmos a leitura aos nossos participantes! Vamos sortear o livro "no mundo da lua", do prof. Paulo Mattos. Uns petiscos e um refrigerante também faz parte dos nossos encontros. Não podemos nos esquecer que o TDAH precisa ser muito divulgado, conhecido pois o número de crianças, adolescentes e adultos que sofrem do TDAH sem sequer ter esse conhecimento ainda é enorme na nossa população e no mundo.

EVELYN VINOCUR

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Efeito Colateral do metilfenidato no crescimento estatural e peso


A estatura do sujeito é um dado importante e com grande poder de influência no desenvolvimento psicossocial do ser humano. Assim, possui alto potencial de interferência na dinâmica social em todas as idades, participando da formação da auto-imagem e do desempenho social, sendo uma preocupação comum dos pais, da criança e do próprio indivíduo quando adulto. A motivação por parte da autora para a realização deste estudo surgiu ao longo de sua vivência profissional, atendendo inúmeras crianças portadoras de transtornos mentais. Não raro, ao longo desse tempo, a autora se deparou com várias queixas e inquietações trazidas por pais de crianças portadoras de TDAH no referido estabelecimento, quanto à observação de que seus filhos estavam crescendo pouco ou quase nada, em relação a seus pares ou mesmo em relação aos outros filhos do casal.
O TDAH é variavelmente definido como um distúrbio do comportamento (MERCUGLIANO, 1999), um distúrbio psiquiátrico (CASTELLANOS, 1997), uma síndrome neuropsiquiátrica (GOLDMAN et al., 1998), um distúrbio do desenvolvimento (CONNERS, 1999), ou um distúrbio do neurodesenvolvimento (BROWN et al., 2001). As diferenças, muitas vezes sutis, encontradas nas definições de diversos autores, denunciam o desconhecimento da causa e da fisiopatologia do TDAH. Sabe-se, porém, que sua apresentação clínica compreende três categorias principais de sintomas – desatenção, impulsividade e hiperatividade – os quais devem se manifestar em mais de um ambiente (casa, sala de aula e clínica) e serem incompatíveis com a idade cronológica e mental da criança, causando algum grau de comprometimento funcional (MERCUGLIANO, 1999). Sabe-se também que o TDAH começa no início da vida e pode persistir na adolescência e idade adulta (CONNERS, 1999) em mais de 70% dos casos não tratados.
O tratamento é multidisciplinar, embora fundamentalmente medicamentoso, dada a condição neuroquímica do TDAH. No Brasil, o tratamento é realizado com o metilfenidato, da classe dos psicoestimulantes, considerado a droga-ouro no tratamento do TDAH e aprovado pelo FDA e ANVISA para uso em crianças a partir de seis anos de idade (MTA COOPERATIVE GROUP 1999; YANG et al., 2006).
A eficácia do metilfenidato para o tratamento do TDAH é evidenciada por todos os estudos científicos, encontrando uma redução estatística e clinicamente significativa dos sintomas do transtorno e melhora do funcionamento em vários aspectos (ANDERSEN et al., 2008). Apesar disso, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade vem gerando, ao longo dos anos, uma série de mitos e crenças falsas na população mundial. Não raro vemos a imprensa leiga, ou grupos isolados de pessoas levantando as mais diversas dúvidas e fazendo sérias acusações tanto sobre o TDAH bem como em relação ao metilfenidato e seus efeitos em crianças portadoras. Freqüentemente vemos noticias em jornais, na Internet e em artigos desprovidos de fundamentação cientifica, afirmando que o TDAH é um modismo, uma doença criada por laboratório para vender remédio. Afirmações de todo tipo ocorrem, como a de que o metilfenidato tiraria a espontaneidade da criança, fazendo com que elas ficassem um robozinho obediente e sem vontade própria, ou viciada no remédio desde cedo, etc.
Não existe um consenso na literatura sofre o efeito causado pelo uso dos estimulantes no tratamento de crianças com TDHA. CHARACH et al (2006) atribuem essa controvérsia as diferentes dosagens utilizadas nas pesquisas realizadas. Estudos que observaram redução na taxa de crescimento podem ter usado doses mais elevadas do psicoestimulante, sugerindo que os estudos que não descreveram nenhum efeito sobre o crescimento poderim ter utilizado doses mais baixas, podendo ainda o tamanho da amostra ter influência sobre os resultados.
Uma questão que vem sendo causa de persistente preocupação por parte de diferentes autores, é o potencial do metilfenidato em causar redução nos níveis esperados de peso e altura ao longo do desenvolvimento do sujeito (POULTON, 2005; SWANSON et al., 2006; FARAONE et al., 2008; VITIELLO, 2008).
Embora possam produzir redução do apetite e perda de peso, o efeito dos psicoestimulantes no crescimento estatural de crianças com TDAH é menos compreendido e ainda um ponto indefinido, não existindo ainda um consenso. Enquanto estudos iniciais sugeriam que havia persistente diminuição no crescimento associado ao uso dessas drogas, atualmente esta posição não é mais aceita já que nem todos outros estudos confirmaram esses dados (ELIA et al., 1999).
Diferentes estudos sugerem que o déficit de crescimento em crianças com TDAH é decorrente de retardo temporário no tempo de crescimento, ainda que não comprometendo a estatura final do sujeito. Existem estudos relacionando este atraso de crescimento ao próprio TDAH e não pelo uso do metilfenidato (BIEDERMAN et al., 2003; ZEINER, 2002).
Em pesquisa recente, Farone et al., (2008) apresentam diferentes mecanismos que poderiam explicar o déficit de crescimento causado pelo uso de estimulantes. Dentre eles, os autores citam os efeitos dessa medicação sobre o fígado, fatores de crescimento e efeitos diretos sobre cartilagem. Justificam que os efeitos a curto prazo da medicação poderia ser causado pela desregulação dos receptores de qualquer nível do sistema de crescimento, enquanto que a adaptação destes receptores poderia explicar a inibição do crescimento a longo prazo.

GRUPO DE APOIO A PACIENTES PORTADORES DE TDAH E SEUS FAMILIARES EM VILA ISABEL


GRUPO DE TDAH - SEGUNDA-FEIRA DIA 03 DE NOVEMBRO DE 2008 !!


NÃO DEIXEM DE COMPARECER, POIS CADA UM DE VOCÊS É QUE FAZ O GRUPO SER UM SUCESSO. VENHA OUVIR, COMPARTILHAR, PARTICIPAR, TROCAR IDÉIAS E ENTENDER MELHOR DE UM TRANSTORNO QUE PRECISA MUITO QUE VOCÊ CONHEÇA E O DIVULGUE !!


AV. 28 DE SETEMBRO 389 AUDITÓRIO NO 7o ANDAR. DO LADO DA IGREJA UNIVERSAL, QUASE EM FRENTE A ESCOLA DE SAMBA VILA ISABEL. VENHA TOMAR UMA COCA COM A GENTE E SABOREAR UM BISCOITINHO.


AO FINAL, FAREMOS SORTEIO DO LIVRO "NO MUNDO DA LUA".


QUALQUER DÚVIDA, LIGUE PARA 7811-1629, 9989-5798 OU 2576-5198.


ATÉ SEGUNDA!



METILFENIDATO, padrão ouro para o tratamento do TDA, TDAH


Infelizmente, o DDA ou TDA ou TDAH ainda é pouco conhecido na população em geral. Prova disso é a reformulação contínua que o transtorno vem sofrendo há décadas. Já foi chamado de Transtorno no Defeito Moral, Lesão Cerebral Mínima, Disfunção Cerebral Mínima, Hiperatividade, Transtorno de Déficit de Atenção com e sem hiperatividade etc. Atualmente, é conhecido como TDAH = Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é o transtorno mental crônico mais frequente em crianças sendo o problema mais encontrado nos ambulatórios especializados em saúde mental da infância e adolescência. O TDAH é muito frequentemente diagnosticado em algum parente da criança, ou seja, é muito comum que o pai ou a mãe "se veja" apresentando os sintomas do TDAH durante a coleta da história da criança. É muito comum também que um ou mais irmãos apresentem o problema. Por isso o especialista precisa estar atento na hora de colher a história familar daquela criança. O TDAH é um transtorno super bem estudado em todo o mundo, tendo inúmeros trabalhos comprovadamente científicos em todo o mundo. Estudos de acompanhamento mostram que o TDAH é um transtorno que começa na infância ou até início da adolescência e que costuma evoluir com impacto adverso na vida do sujeito, causando sérios comprometimentos na qualidade de vida em quase todas os seus setores. Mas o bom profissional sabe muito bem que os sintomas nucleares do TDAH são muito comuns na população como um todo. Afinal, quantos de nós já não ficamos desatentos, inquietos, e agimos por impulso? É importante que o profissional conheça muito bem as caracterísricas de cada etapa do desenvolvimento infantil, afinal, os pré-escolares principalmente, são ativos, levados, e isso não quer dizer que eles tenham o TDAH! Muitas vezes o TDAH é um diagnóstico de exclusão, uma vez que outros problemas psiquiátricos costumam surgir ao longo da evolução do TDAH. Não é raro atendermos crianças e jovens ansiosos apresentando os mesmos sintomas do TDAH. Idem, para os transtornos depressivos. Como diagnosticar de modo correto? Nesse momento entra a importância do profissional ser experiente e minucioso, buscando fazer um bom diagnóstico diferencial dos transtornos emocionais. É sempre indicado o tratamento dos sintomas ansiosos e depressivos primeiro, para depois avaliarmos se é indicado o uso do metilfenidato - ritalina ou concerta. Igualmente para o transtorno bipolar, transtorno de conduta e outros. É importante que o profissional saiba usar o metilfenidato nas doses corretas. É muito comum vermos crianças submedicadas, com subdoses da ritalina ou concerta, e consequentemente, sem a melhora esperada dos sintomas. Doses que variam entre 0,6 a 0,9 mg/kg/dose são as mais indicadas. É imprescindível que a família receba orientações e todo o apoio de como ela deva proceder com a criação do seu filho dali pra frente. Daí, a Psicoeducação ser imprescindível. Dependendo da gravidade do quadro, da presença ou não de comorbidades, torna-se importante uma psicoterapia para o portador. Regras claras são fundamentais. Limites coerentes também. Prestar atenção para aqueles que ficam se desculpando em nome da doença. Não é por aí... Leitura de sites, blogs, artigos de fontes confiáveis é importante, fortalece a manutenção do tratamento. Trabalhar a questão da continuidade do tratamento, pois é comum que pacientes fazendo uso do metilfenidato com sucesso, interrompam o tratamento. Trabalhar a conscientização do paciente e de sua família é muito importante nesse sentido. Afinal, todos sabemos que se tratar não é tarefa fácil, ainda mais quando se trata de um problema crônico... Mas vale a pena todo o investimento no tratamento do TDAH, pois o TDAH não tratado ou não tratado de modo correto geralmente evolui para um quadro pleno ou até "residual" na vida adulta, atrapalhando as funções executivas, afetivas e sociais do sujeito, que não entende como ele pode ser tão criativo, inteligente, já ter feito tantas coisas na vida, e não ter conseguido nada, ou como aqueles que não conseguem fluir com o sucesso pessoal esperado. Valorizar os grupos de apoio a portadores e familiares também leva a um upgrade familiar, criando maiores condições de resiliência por parte da família e para o próprio portador. Lembrar que o TDAH NÃO É DOENÇA DE CRIANÇA E QUE ELE NÃO DESAPARECE NA JUVENTUDE. SIMPLESMENTE OS SINTOMAS, ATÉ ENTÃO EXTERNALIZANTES, SE INTERNALIZAM, DANDO UMA FALSA IMPRESSÃO DE QUE O PROBLEMA ACABOU. Sites como o da ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção é um site confiável e que deve ser lido. Acessem: